É fato que as redes sociais são excelentes ferramentas de comunicação e de negócios. Cada uma com seu modus operandi e suas peculiaridades, as redes atraem aqueles que possuem algum interesse específico ou encontram em seus recursos e funcionalidades, maneiras de se divertir, de gastar o tempo, de se conectar a outras pessoas, grupos / comunidades ou empresas, de manter-se atualizado, de aprender coisas novas ou, simplesmente, de publicar fotos, vídeos ou suas opiniões.

Mas, se você é daqueles que, como eu, sabem da importância de manter sua saúde (física e mental) em dia e quer realmente ter algum tipo de diversão e motivação, não pense duas vezes: use o Strava e deixe as outras redes sociais de lado!

“Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!” Lembra desse bordão do Paulo Cintura, personagem do Programa Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo, do início dos anos 90? Errado não tá, não é?

E, para entender o Strava, abaixo está o registro de uma atividade esportiva feita por mim: um pedal de 5 horas, de quase 90 km percorridos.

Minha recomendação para o uso do Strava está explicada abaixo, onde fiz um pequeno resumo (crítica) das principais redes sociais atuais, iniciando pelo próprio Strava. Usei uma classificação no estilo semáforo (🟢🟠🔴), para ilustrar minha opinião geral e como é meu uso em cada uma dessas redes.

[ST] Strava (EUA)

A rede social dedicada à pratica de esportes, especialmente caminhadas, corridas e ciclismo, possui mais de 10 anos e é fielmente usada por aqueles que tem o esporte como parceiro para uma vida mais saudável. Usando o celular ou algum outro gadget (relógio, pulseira ou velocímetro, por exemplo), você monitora sua atividade física em tempo real. Ao término da atividade, o Strava processa as informações tradicionais e posta em sua timeline e no seu histórico, que pode ser usado para aprimorar suas próprias atividades ou de comparar com outros atletas (amigos ou profissionais). Por este motivo, é uma rede mais restrita e menos popular que ainda não atingiu a marca de 100 milhões de usuários.

🟢O que se vê por lá: apenas as atividades físicas, especialmente de caminhada, corrida e pedaladas (bike), daqueles que, assim como você, praticam esportes. No máximo, você vai se deparar com fotos das atividades dos seus contatos. Não há espaço para outros assuntos ou discussões (Amém).

🟢Meu uso: conheci o Strava e passei a usá-lo depois que voltei a andar de bicicleta, na pandemia de 2020. Uso a cada pedalada ou caminhada e sempre acompanho as atividades dos meus amigos e colegas. É super motivador e inspirador já que você tem a oportunidade de conhecer pessoas com os mesmos objetivos que os seus, novos caminhos e locais para serem explorados e, claro, fazer aquela comparação saudável entre as suas estatísticas e a dos seus amigos e contatos.

[FB] Facebook (da Meta, EUA)

É a rede social que possui o maior número de usuários mas que cada vez mais as pessoas tem se afastado. Me perdoem aqueles que ainda usam e que fazem negócios por lá, mas, minha impressão é que lá estão os “jovens da tecnologia” (pessoas mais velhas ou, literalmente, mais jovens no uso da tecnologia). Os velhos da tecnologia (os jovens, que cresceram com a tecnologia em mãos), não estão mais lá por que perceberam que é uma terra sem lei e que pouco acrescenta.

🔴O que se vê por lá: muitos posts de notícias, discussões políticas, radicalismo, bolhas sociais “perfeitas” e muita fake news. Vários usuários usam o FB e o IG, já que são integrados (mesmo proprietário), postando as mesmas coisas nas duas redes. Uma chatice só!

🔴Meu uso: deixei de usar em meados de 2016 e 2017 e não me arrependo.

[IG] Instagram (da Meta, EUA)

A rede que começou com o objetivo de publicar fotos, hoje, devido ao alto crescimento das redes sociais concorrentes como o Snapchat (EUA) e o TikTok (China), prioriza os vídeos com duração de 24 horas (stories) e, atualmente, os vídeos curtos (reels) em sua timeline.

🔴O que se vê por lá: poucas fotos e muitos vídeos, com muita ostentação (festas, viagens, bens materiais e etc), afinal, cada um posta aquilo que quer, logicamente. Além disso, muito conteúdo sensual (deixe as crianças bem longe dele). Não é uma rede ruim, mas, é fácil perder bastante tempo ali.

🟢Meu uso: gosto muito de postar fotos e vídeos para que, principalmente amigos e familiares, possam me acompanhar. Como minha conta é privada, posso monitorar aqueles que me seguem, portanto, não me preocupo (tanto) com exposição. É a única rede que acabo conferindo alguns “stories“.

[IN] Linkedin (da Microsoft, EUA)

A rede social profissional tem um objetivo bem bacana, que é o de focar nos negócios, em conectar profissionais e empresas, oferecendo ferramentas para descrição da trajetória profissional (curriculum), publicação de posts e artigos, de vagas de emprego e outras ferramentas do gênero. 

🟠O que se vê por lá: muita historinha pra se engrandecer e, com frequência, as mesmas coisas como posts sobre fim e início de um ciclo (profissional), sobre como a empresa X é legal, a diferença de chefe e líder (além de outras várias fanfics) e, cada vez mais, discussões políticas.

🟢Meu uso: acesso com frequência para acompanhar empresas e profissionais que sigo e admiro e também para postar algumas opiniões e textos, como este, por exemplo.

[TK] TikTok (da ByteDance, China)

A rede social que mais cresce nos últimos tempos foi lançada em 2017 (nova quando comparada a maioria, que foram lançadas antes de 2010) e tem como objetivo principal a publicação de vídeos curtos, cheio de cortes, edições, efeitos, vozes e outros mecanismos para atrair a atenção de quem os assiste.

🔴O que se vê por lá: muita coisa voltada ao entretenimento, como vídeos engraçados e danças (muitas danças). Mas, também há muito (talvez a maioria esmagadora) conteúdo inútil e exageros, além de, consequentemente, fake videos. Assim como no Instagram, há muito conteúdo sensual (vale destacar que essas redes liberam cadastros para “crianças” a partir de 13 anos, como pode ser confirmado aqui).

🔴Meu uso: essa eu realmente nunca usei, mas, os conteúdos feitos por lá surgem em outras redes, como no Instagram e no Whatsapp.

[TW] Twitter (EUA) 

A rede social que surgiu com o objetivo de ser muito dinâmica e um canal rápido de divulgação de informações (em texto) recentemente foi comprada pelo bilionário Elon Musk. É a rede onde (ainda) estão aqueles que gostam de escrever e ler, porém, mudou bastante com o decorrer dos anos, passando a permitir fotos e vídeos. Há tempos, é recheada de bots (fake users / contas robôs) que são usados para levantar ideais, opiniões e notícias de interesse.

🟠O que se vê por lá: muitas informações e opiniões sobre assuntos diversos e, infelizmente, muito discurso de ódio, discussões políticas, radicalismo e, assim como no FB, aquelas bolhas sociais “perfeitas”, onde os usuários acham que todos tem a mesma opinião e pensamentos que o seu.

🟢Meu uso: a rede que mais uso para me manter atualizado sobre temas profissionais, esportes (especialmente futebol) e sobre notícias em geral. Sempre me deparo com algum assunto interessante (em texto), que é curtido ou repostado por pessoas que sigo e admiro.

[WP] WhatsApp (da Meta, EUA)

Considerada uma rede social, já que vem ampliando seu leque de funcionalidades, como a divulgação de produtos e cardápios e de vídeos com duração de 24 horas, chamado de status (como o stories do IG), pode ser considerado simplesmente um serviço de mensagem instantânea. No Brasil, é usado pela grande massa e foi apelidado carinhosamente de “Zap-Zap“.

🟠O que se vê por lá: muito (muito mesmo) compartilhamento de fake news e fake videos, discussões políticas, mensagens em áudio e grupos, muitos grupos, dos mais variados temas. É a rede perfeita para a alienação já que, com os grupos, cria-se um círculo fechado daqueles que tem ideais e pensamentos semelhantes.

🟢Meu uso: diariamente para comunicação rápida, especialmente com amigos e familiares. Digo que se tornou mais popular que o próprio telefone (ato de ligar para outra pessoa através da rede telefônica). Hoje, a maioria (incluindo a mim) tem o grupo da família, dos amigos e qualquer novidade ou compromisso é divulgado e organizado nestes grupos. Stories do Zap? Nunca vi nenhum! 

[YT] YouTube (da Alphabet, EUA)

Antes de se tornar uma rede social, o YouTube tornou-se popular por ser um serviço mundial de compartilhamento de vídeos. As estatísticas do serviço eram (e ainda são) surreais (estes dados não são mais compartilhados publicamente), já que qualquer vídeo é/era postado lá. O YT criou o conceito de “canal”, onde cada youtuber (outro termo criado pelo serviço), ou seja, cada usuário, podia postar seus próprios conteúdos. Artistas passaram a publicar suas músicas e videoclips somente pelo YT. Empresas e influenciadores se tornaram famosos (e muito ricos) com seus conteúdos, feitos exclusivamente para o YT. Vieram as “lives” e, seguindo a concorrência, os videos curtos, chamados de shorts, que hoje são criticados por youtubers mais tradicionais.

🟠O que se vê por lá: vídeos de tudo o que se possa imaginar! Muito conteúdo interessante: canais de estudos, de pesquisas, de entrevistas, podcasts, avaliações de produtos, de filmes, receitas de comida e etc (a lista é interminável). Claro que há muita porcaria! Para crianças, vale usar o aplicativo específico chamado YouTube Kids, que filtra conteúdos indevidos para os pequenos.

🟢Meu uso: sigo diversos canais sobre carreira profissional, cursos gratuitos, psicologia, livros, filmes, séries e comédias. Vida longa ao YouTube!

Bolha Social: basicamente, um círculo de pessoas conectadas que possuem ideais e temas de interesse comum e que, com isso, acreditam que aquilo que veem diariamente (na rede social) é uma verdade dita por todos. O algoritmo da rede social isola este círculo, automaticamente, evitando que temas e ideais contrários ao do interesse da bolha sejam visualizados / publicados pelo círculo (bolha). 

*Com informações de: Wikipedia – Redes Sociais com mais de 100 milhões de usuários ativos, Kaspersky – Os 7 maiores perigos que as crianças encontram na Internet,  Canguru News – 5 razões que explicam o mal das redes sociais para as crianças, Agência Brasil – Exposição excessiva de crianças em redes sociais pode causar danos, Como as redes sociais hackeiam sua mente.